Texto: Amanda Porto

O evento tem como objetivo proporcionar a aproximação entre professores, pesquisadores, profissionais de arquivo e de educação, contribuindo com reflexões sobre práticas de produção de conhecimentos históricos educacionais.

Por isso, Adriano Souza, coordenador da UNEafro Brasil e membro do Coletivo de Memórias e Patrimônio CPDOC Guianas desenvolveu junto ao Jean Camoleze o trabalho “DOCUMENTOS POPULARES DA UNEAFRO-BRASIL: Um arquivo de lutas antirracistas!”. O estudo do patrimônio documental se destaca nesse cenário porque significa o diálogo com as experiências singulares dos sujeitos sociais, na educação formal e não formal.

O trabalho vai apresentar a formação e organização do arquivo da União de Núcleos de Educação Popular para Negras/os e Classe Trabalhadora (UNEafro-Brasil) e sua importância na difusão das diversas lutas que agregam militantes da luta antirracista, da causa das mulheres, da diversidade sexual e de gênero e do combate a todos os tipos de discriminação e desigualdades sociais, por meio da causa da Educação Popular e Libertária.

“É um esforço de valorização das nossas vidas e histórias reunir os documentos que preservam a memória daquilo que fazemos no dia a dia, como núcleos de educação popular e movimento social que pauta o combate ao racismo estrutural. Teremos uma fotografia de nossas atividades, organização e conhecimentos que produzimos para todes que virão no futuro continuar o nosso movimento ou mesmo lembrar da luta antirracista quando já tivermos superado o racismo e não mais precisarmos nos organizar em torno da pauta. Abordar o trabalho popular, preto e periférico na Universidade é exercer a democracia real que foi negada ao nosso povo ao longo da nossa história. É reafirmar que tudo o que fazemos é digno de ser parte da história do país, ao contrário do que pensam aqueles que querem destruir nossas memórias e vivências, como acontece atualmente na Fundação Palmares, espaço que ainda retornaremos, a partir da organização da base e da articulação dos nossos”, aponta Adriano.

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