
O objetivo do Núcleo Ambiental é desenvolver com coordenadoras, coordenadores, educadoras, estudantes dos núcleos da Uneafro Brasil e a sociedade, conhecimento sobre o tema das emergências climáticas, que agravam os problemas que já existem e estão fortemente relacionados à pobreza e às desigualdades nos territórios, o que chamamos de racismo ambiental.
O projeto trata de temas de comunicação e incidência política, com o objetivo de comunicar, produzir conteúdo e dados, para influenciar práticas legislativas e políticas públicas de âmbito municipal, estadual e federal, para o combate do racismo ambiental. A falta de informação e incidência política nos territórios para a participação e dos processos de decisão do debate em torno do planejamento das cidades e das emergências climáticas é um problema evidente nos territórios periféricos.
FORMAÇÕES
O Núcleo também foi desenvolvido para difundir debates e conceitos acerca da justiça climática e do racismo ambiental, como também para o enfrentamento da desproporcionalidade dos impactos ambientais e sociais em relação à população afro-brasileira. Parte deste trabalho, passa por formações nos territórios onde a Uneafro atua, além de debates e encontros virtuais.
Para o movimento, é preciso entender as injustiças sociais e ambientais por uma perspectiva racializada, compreender o racismo como um traço estrutural que atravessa as questões climáticas
HORTAS COMUNITÁRIAS
o Núcleo ambiental também visa aproximar a pauta ambiental do espaço urbano, com urgência em trazer à tona a disparidade das questões de risco que chegam nas populações periféricas. Pensar em cidade, clima e racismo e pautar políticas públicas em torno desses assuntos.
Atualmente estas questões aparecem apenas como falta de planejamento urbano, mas na realidade elas se relacionam com o modo de produção do espaço urbano que tem, entre suas múltiplas dimensões, a questão ambiental.
Parte da estratégia está no projeto “Juventude Negra Viva”, que tem como foco o trabalho de educação popular e formação política em agroecologia, através do manejo e produção em 3 hortas urbanas já implementadas e na construção de 2 novas hortas comunitárias.
A Horta é um meio para exercício e prática do conhecimento, como também de reflexão sobre justiça social, racismo ambiental, soberania alimentar e conservação de recursos naturais que possam auxiliar na manutenção da qualidade de vida das pessoas negras e no fortalecimento das comunidades na resistência ao racismo.
O objetivo do projeto é compreender a agroecologia como ferramenta de educação ambiental e emancipação de um sistema alimentar contaminado pela lógica capitalista da indústria alimentícia e do agronegócio por meio de uma aprendizagem participativa, crítica e criativa, fruto de uma inter-relação entre teoria e prática.
Entre os resultados da iniciativa, estão duas cartilhas, idealizadas pelo Instituto de Referência Negra Peregum, com apoio da Fundação Rosa Luxemburgo, e que será distribuída nos núcleos da Uneafro Brasil. A obra “Agroecologia Urbana: introdução para construção e manejo de hortas comunitárias”, traz teorias e explicações simples sobre como criar uma horta e os cuidados de sua manutenção. Já o título “Plantas medicinais: como usar – uma cartilha teórica e prática”, aborda a importância do cultivo de ervas medicinais para a saúde e bem-estar da população, além de fornecer receitas de chás, banhos, entre outras atividades.
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Cartilha sobre hortas comunitárias
Cartilha sobre ervas medicinais
ESTAÇÕES METEOROLÓGICAS
Os núcleos de atuação da Uneafro, em parceria com o Instituto de Referência Negra Peregum, articularam a campanha “Qualidade do Ar nas Periferias”, que entre os processos de formação e difusão do conhecimento sobre o debate climático instalou duas estações meteorológicas em periferias da metrópole paulista.
São duas estações de coleta e transmissão automática de dados para análise do tempo meteorológico e monitoramento ambiental, no distrito de Perus e na cidade de Poá, que medem: a temperatura do ar, velocidade e direção do vento, umidade, radiação ultravioleta, quantidade e precipitação de chuva, pressão atmosférica, entre outros fatores.
O projeto além de viabilizar o monitoramento do clima nos extremos da cidade, também viabiliza a prevenção em áreas de risco social impactadas pelo racismo ambiental, como regiões com grande chances de desabamento, enchentes e alagamentos. As estações oficiais se encontram distantes, portanto não permitem uma leitura que acolha as particularidades de cada território.
As estações captam e registram as seguintes informações:
Precipitação
Temperatura do ar
Umidade relativa do ar
Pressão atmosférica
Direção e velocidade do vento
Radiação ultravioleta
Luminosidade
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