A Uneafro Brasil, União de Núcleos de Educação Popular para negras e negros, e a Classe Trabalhadora, movimento social que organiza cursinhos comunitários e populares, em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT-SP) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT), realizarão a segunda aula do projeto “Jovens Promotores de Direito Antidiscriminatório” gratuita neste sábado, 26/5, das 9h às 14h, na sala dos estudante da Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco , em São Paulo.
Com o tema “A luta contra o racismo e a defesa da democracia”, o segundo módulo do curso abordará questões que envolvem a igualdade racial e os direitos humanos. A aula será aberta ao público em geral, principalmente para os estudantes de cursinhos populares, de escolas públicas, ativistas e universitários interessados na temática. O número de vagas é limitado por conta do espaço do auditório. Para garantir sua inscrição, basta preencher este formulário.
O evento contará com uma aula da advogada Maria Sylvia, presidente do Geledés Instituto da Mulher Negra e vice-presidente da Comissão da Verdade sobre a Escravidão da OAB/SP, e do mestre em Sociologia Muryatan Barbosa, da Universidade Federal do ABC.
Conheça o projeto
O curso visa fortalecer o protagonismo juvenil, a conscientização para a questão étnico-racial, de gênero, diversidade, combate ao trabalho infantil e denúncia de discriminação e assédio no trabalho. O projeto conta com professores do campo jurídico e de movimentos sociais. Segundo Elisiane Santos, Procuradora do Trabalho e Vice Coordenadora de Combate à Discriminação no Ministério Público do Trabalho em São Paulo, a parceria desses movimentos é uma importante ferramenta para romper as barreiras do mercado de trabalho e do espaço acadêmico. “Embora tenhamos avanços com a implementação das cotas raciais nas universidades, ainda há muito a ser trilhado”, explica.
Para o coordenador e professor voluntário da Uneafro, Cleyton Borges, o projeto busca radicalizar a formação política dos participantes por meio de uma perspectiva crítica e engajada. “Para nós que atuamos nos cursinhos populares, a educação e o estudo sempre estão ligados a uma luta concreta e também à necessidade de nos mobilizarmos enquanto movimento social. Por isso, o novo curso terá conteúdos teóricos e práticos ligados ao enfretamento das discriminações”.
A procuradora do Trabalho Valdirene Silva de Assis entende que o projeto não beneficia apenas o aluno: “O investimento na capacitação de jovens promotores é uma medida muito importante, pois esses estudantes serão multiplicadores de conhecimento. E isso se reverte em proveito deles e de toda coletividade na qual eles estão inseridos”, comenta.