A “Cooperativa Granja Julieta, Nossos Valores” precisa de apoio pra seguir gerando emprego e renda pra mulheres negras catadoras ex-presidiárias em situação de rua. Existimos desde 2002. Nossa sobrevivência está ameaçada pelos cortes de gastos sociais que acontece em todo o País. Essa vaquinha é pra pagar dívidas e começar a construir autonomia, já que não podemos contar com o Estado.
Desde 2002, existe a Cooperativa Granja Julieta, Nossos Valores. Somos catadoras negras, em situação de rua e ex-presidiárias que coletam lixo em São Paulo. Lutamos por dignidade e renda da nossa população. O nosso trabalho significa nossa sobrevivência, nossa ressociaização e nosso empoderamento. Caminhamos sem ser vistas pela cidade, mas cumprimos um papel socioambiental. A gestão de Dória mantém duas centrais de reciclagem que impedem que o lixo chegue até nós. Antes era possível coletar 100 ton/mês. Hoje só 20. Além disso, 3 dos 4 caminhões que tínhamos pra trabalhar foram tomados pela Prefeitura com a justificativa de que não existem recursos públicos pra isso. Isso massacra nosso trabalho! Precisamos de apoio para construir autonomia nesse cenário de cortes de gastos estatais.
Não queremos fechar, não queremos parar a luta. Por isso temos hoje uma dívida e, mesmo sem condições de custear nosso transporte e nossa alimentação, continuamos a coletar, reciclar, puxar carroça e correr atrás.
Esse valor será usado pra pagar:
– a dívida com o INSS;
– a dívida com a padaria;
– as certidões negativas de débito municipal, estadual e federal;
– os honorários do contador para regularizar a situação.
Se nós fôssemos colocar aqui os gastos que precisamos para trabalhar com mais dignidade, a meta seria muito mais alta. Nosso objetivo aqui é não fechar por enquanto. É manter em movimento a geração de trabalho e renda de 70 mulheres que dependem disso pra viver.
Contribuir é dizer não ao massace conservador que sufoca iniciativas populares que garantem a dignidade da população mais vunerável do Brasil: mulheres negras.