Na última sexta (18), uma mulher foi encontrada em situação análoga à escravidão na cidade

Organizações do movimento negro realizam nesta quinta (24), às 18h, no trevo colinas em São José dos Campos, ato contra o trabalho escravo. O protesto reivindica respostas das autoridades locais e Polícia Federal sobre o caso da mulher encontrada em situação análoga à escravidão no condomínio Aquarius, na cidade do Vale do Paraíba. O nome de quem cometeu o crime ainda não foi divulgado e não se sabe a situação física e emocional que se encontra a mulher, que por 20 anos foi empregada doméstica da casa onde foi encontrada. A expectativa é que 100 pessoas participem do ato. 

O ato foi convocado por organizações, como Uneafro Brasil, Afro Combativo, Afronorte, Associação de Favelas de São José dos Campos, Empodera, Pinheirinho dos Palmares, Povo Sem Medo e os Coletivos Muitas SJC, Nandi, Palmares Resiste, Tribuna, entre outras organizações. 

Na última terça (22), representantes do movimento negro estiveram na Polícia Federal, mas não tiveram respostas, por isso convocaram o ato, pois acreditam que as autoridades estão escondendo o caso e, portanto, quem cometeu o crime. Como a mulher ficou por duas décadas nesta situação, o movimento negro quer entender sua situação, pois ela deve precisar de apoio psicológico, entre outras necessidades que ainda não se sabe quais.

“Não queríamos fazer mobilização neste momento de pandemia, mas estamos falando de uma barbárie que a sociedade de São José dos Campos não pode deixar passar. Estaremos na rua, respeitando os protocolos para saber: quem é o senhor de escravos do Aquarius, um dos bairros de classe média alta da nossa cidade? Queremos justiça”, afirma Claudinei Corrêa, coordenador do núcleo da Uneafro Brasil em São José dos Campos.

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