Vestibulandos fraudam autodeclaração etnicorracial, segundo denúncia.
Se for comprovado, alunos que praticaram fraude terão matrículas anuladas.

no G1

A Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) disse que vai investigar as denúncias de fraude no sistema de cotas. Segundo nota publicada nesta quinta-feira (25), foi instaurado um processo administrativo para apurar o caso.

No dia 13 de fevereiro, o Coletivo Negrada, organização de estudantes universitários negros e indígenas, protocolou uma denúncia no Ministério Público Estadual (MP-ES) e no Ministério Público Federal (MPF) sobre vestibulandos que fraudam a autodeclaração etnicorracial para se beneficiar pelas cotas no processo seletivo da universidade.

Na ocasião, o Coletivo afirmou que ‘a fim de obter vantagens’, estudantes tem ‘usufruído ilegalmente da subjetividade do termo “pardo” do PPI (cotista Preto, Pardo e Indígena) para concorrer às vagas das cotas raciais’.

Violação
A Ufes explicou ainda que será feito um processo legal, no qual será garantida a ampla defesa aos acusados. Se a violação da Lei Federal de Reseras de Vagas e da Resolução da Universidade que estabelece sistema de reserva de vagas no processo seletivo da Ufes for comprovada, os estudantes que praticaram a irregularidade terão as matrículas anuladas e serão desligados da universidade.

Denúncia
A situação foi verificada após diversas denúncias recebidas pelo Coletivo Negrada. Ao buscar nas redes sociais perfis dos vestibulandos aprovados dentro dessa área sistema de reserva de vagas, membros do Negrada identificaram o problema ao verem que estudantes que não possuem características de negros foram aprovados dentro das cotas.

“A Ufes não tem banca de avaliação para fiscalizar a autodeclaração. Se a pessoa declara algo falso, isso é crime, está fraudando um documento”, disse a membro do Negrada, Mirtes Santos.

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