O acesso e a permanência de jovens negros e pobres nos espaços educacionais, sobretudo nas universidades, foram demandas políticas fundamentais para o surgimento da Uneafro-Brasil, em 2009.

Para além do trabalho de base permanente em nossos Cursinhos Comunitários, onde já atendemos diretamente mais de 10 mil famílias nesses quase 7 anos, a luta política e a exigência de que o Estado e seus governos, em todos os níveis, proporcionassem oportunidades, acesso e políticas publicas voltadas para a juventude periférica e sobretudo para a juventude negra, deram o tom de nossa atuação nesse período.

A defesa intransigente e luta permanente e continuada por Cotas Raciais e políticas de assistência e permanência de estudantes negros e pobres nas universidades públicas estaduais paulistas foram e continuam sendo prioridade de nossa atuação. Mas não apenas.

Ainda em 2011, durante a Jornada Nacional de Luta pela Educação, a Uneafro se reuniu com o então Ministro da Educação, Fernando Haddad, e apresentou uma carta de reivindicações com demandas fundamentais do movimento. Veja aqui: http://bit.ly/1Dv9kmw

Em 2014 e 2015, a Uneafro direcionou suas forças à reivindicação política junto à Prefeitura de São Paulo. Em ambos os momentos, foram protocoladas Cartas de reivindicações do movimento, sempre com as demandas cruciais tais como apoio estrutural para o funcionamento dos diversos Cursinhos Populares e Comunitários da cidade de São Paulo como o uso dos espaços públicos, incentivo à colaboração solidária de professores da rede municipal junto aos Cursinhos, além de políticas públicas voltadas para a necessidade de transporte, alimentação, material didático e permanência dos estudantes pobres e negros em nossos espaços. Vejam aqui: 2014 http://on.fb.me/1KVpgkB / 2015 http://on.fb.me/1JQN2gh

Depois de tantos anos de luta, em 2015, a Prefeitura de SP, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Desenvolvimento Social, com apoio da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Coordenadoria de Juventude, proporcionou a realização de um projeto que garantirá 100 bolsas permanências para estudantes da Uneafro-Brasil, com renda percapta de até meio salário mínimo. Foi uma parceria piloto com a Uneafro e o Cursinho Mafalda e que, em 2016, será mantida.

Esta conquista é ainda é pontual e extremamente insuficiente, face às demandas históricas e necessidades latentes que vivenciamos em nossas comunidades. Mas, diante de uma conjuntura de retrocessos de direitos sociais e civis, cada pequena vitória deve ser comemorada.

Seguimos em luta!

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